Avião de papel
Por estes dias o meu Tomás pediu-me para lhe fazer um avião de papel. Pensei que já não sabia fazer, mas há coisas que nunca se esquecem. Peguei numa cartolina lilás e comecei a fazer dobras. E não é que o miúdo adorou e se entreteve durante bastante tempo a brincar com o avião de papel.
Nos dias de hoje, em que existe um grande consumismo e brinquedos de plástico, que é um exagero (eu própria admito que, por vezes, caio nesse pecado), é tão fácil perceber que as crianças, a maior parte das vezes, acabam por se divertir com coisas simples como uma saco de plástico, uma caixa, uma pedra ou um simples avião de papel.
E, isto aplica-se a tantas outras coisas na vida. A essência da felicidade está nas coisas mais simples. Se pensarmos bem, somos felizes com um simples abraço, um simples elogio ou um simples gesto. Assim são as crianças também. O mais valioso que podemos dar aos nossos filhos é tempo com eles, é bolos feitos por nós e com eles e são brinquedos feitas pelas nossas próprias mãos.
O Tomás também é um colecionador de pedras. Sempre que vamos a uma praia ou um espaço verde, traz uma pedra para casa, para a sua coleção, diz ele. Tanto que fomos recentemente a uma feira de ciência e ele trouxe de recordação uma pedra pomes, que um investigador lhe ofereceu.