Dia dos Avós
O Dia dos Avós surgiu em Portugal nos anos 80. A portuguesa Ana Elisa do Couto, penafidelense nascida em 1927 e falecida em 2007, conhecida como «Dona Aninhas» foi a impulsionadora deste dia. Pela sua dedicação e luta a favor da instituição do Dia do Avós, tem hoje uma placa em sua homenagem numa Praça de Penafiel. A data escolhida tem um forte motivo, sendo nesse dia para a igreja católica o Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria, avós de Jesus.
Foi por causa dela, avó de quatro netas e dois netos, que o dia 26 de julho se tornou reconhecido como o Dia dos Avós, em Portugal e depois no Brasil também. Nos anos 80, «Dona Aninhas» achava que não era dado o devido valor ao papel dos avós e avôs na sociedade, por isso se tornou missionária desta causa. Percorreu países como Brasil, Franca, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, África do Sul, Angola, Suíça e Canadá defendendo que se comemorasse o Dia dos Avós.
Mas, o dia 26 de julho não é um consenso mundial. Em Itália, por exemplo, houve a preocupação de desconetar este dia dos santos e da religião, para enfatizar o seu carater civil. A «Festa Dei Nonni» é celebrada a 2 de outubro. Nos Estados Unidos comemora-se no primeiro domingo de setembro. E, no Reino Unido no primeiro domingo de outubro. França é um caso único, em que se comemora o dia das avós no primeiro domingo de março e o dia dos avôs no primeiro domingo de outubro.
A verdade é que o papel dos avós na sociedade de hoje é cada vez mais importante. Por isso, se diz muitas vezes que os avós são pais duas vezes. Além do suporte financeiro que por vezes dão, o mais importante é o suporte afetivo e psicológico. Os mimos dados aos netos são impagáveis e únicos. Os avós, com a sua sabedoria e experiência, têm o desafio muitas vezes de estar lado a lado com a educação dos pais. O sentimento maravilhoso de vivenciar o crescimento dos frutos do seu fruto e a continuidade das gerações. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida.
No meu caso, os meus avós maternos foram uma base fundamental na minha história de vida. Deram-me muito mimo, o colo da minha avó era como um «ninho de amor e carinho». Todos os fins de semana, passados em casa dos meus avós, situada numa aldeia do interior algarvio, eram dia de partilha entre a família, a mesa estava sempre posta e a alegria entre todos era contagiante. São tempos que não voltam para trás, como se costuma dizer.
Hoje, é a vez dos meus filhos usufruirem do colo e amor dos avós. Neste momento, a proximidade é maior com os avós paternos, nos Açores. Mas, o amor pela avó algarvia é colmatado todos os dias através dos meios de comunicação como telemóvel e internet.
Os meus sogros são o nosso grande apoio no dia a dia. A ajuda que dão é incalculável. Mas, tudo por um amor maior pelos seus netos. Estes avós são especiais! São daqueles que não se importam de ter toda uma casa desarrumada, com paredes riscadas e cheia de brinquedos no chão, tudo para usufruirem da companhia e assistirem ao crescimento dos seus netos. A eles e a todos os avós um Feliz Dia e um Muito Obrigado!